quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dia da mães da comunidade cantagalo com mãe de policia militar

UPP promove integração entre mães de policiais e mães de moradores do Pavão/Pavãozinho e Cantagalo

Sexta-feira, Maio 6, 2011
 menor
Mais de 50 mulheres, entre mães de policiais, moradoras da comunidade e integrantes do projeto “Mulheres da Paz”, participaram de um café da manhã em comemoração pelo dia das mães.
Cada morador das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo que entrava no salão onde aconteceu, na manhã desta sexta-feira (06/05), o café da manhã em comemoração ao Dias das Mães, escutava dos policiais: “aquela ali é a minha mãe”. O encontro entre as mães dos policiais da Unidade de Policia Pacificadora (UPP) e dos moradores das comunidades foi promovido pelo comandante da UPP Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, capitão Leonardo Nogueira, no Espaço Criança Esperança. “Estamos celebrando o Dia das Mães da Paz, antecipando a festa na comunidade. Este café da manhã demonstra o clima de harmonia em que vivemos nos morros. Achei que seria ótimo trazermos nossas mães para conhecer as pessoas que convivem com a gente aqui e acabam se tornando nossa segunda família. Essa integração é muito importante”, destacou.
A reunião foi uma oportunidade também para que as mamães curiosas conseguissem conhecer e visitar, pela primeira vez, o local de trabalho dos filhos policiais. A dona de casa Juçara da Rocha, de 69 anos, mãe da soldado Glória, de 29, ficou muito emocionada em conhecer o trabalho da filha. Ela confessou que teve medo quando Gloria decidiu que seria policial. “Fiquei muito preocupada quando a Glória foi aprovada na prova da polícia, mas hoje vendo como funciona o trabalho dela eu fico mais tranquila e muito orgulhosa de tudo que a UPP faz pelos moradores dessas comunidades”, contou a mãe da policial que está na UPP Pavão-Pavãozinho / Cantagalo há seis meses e que, como todas as mães que estiveram presente, foi presenteada com flores.
Dona Luzia da Silva, que é moradora do Cantagalo há 54 anos, lamenta muito pela UPP não existir a mais tempo. “Perdi uma filha para o tráfico de drogas, ela era cheia de sonhos e morreu aos 34 anos. Eu acho que se a UPP já existisse, ela poderia ter se recuperado. Graças a Deus o meu neto não convive com as pessoas que influenciaram a minha filha. Hoje eu acredito em um futuro melhor”, afirmou ela, que vende salgados e doces sob encomenda.
O café da manhã contou ainda com a presença do grupo de Mulheres da Paz, o projeto tem como objetivo incentivar mulheres a construir e fortalecer redes sociais de prevenção e enfrentamento às situações que envolvem jovens expostos à violência. Hoje, o projeto conta com cerca de 180 Mulheres da Paz nas duas comunidades. E é nesse grupo de mulheres que os policiais das UPPs têm encontrado as maiores parceiras para mediações de conflito e conquista de confiança dos moradores das áreas pacificadas.

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