quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Projeto Favela Online




O Projeto Favela on line é a rede social de negócio e entretenimento que veio para divulgar tudo que vem acontecendo  nas comunidades do Rio de Janeiro. O Projeto deu seu  ponta pé inicial no Complexo Pavão, Pavãozinho e Cantagalo  (conhecidas como PPG) localizadas nos bairros nobres de Copacabana e Ipanema, Zona Sul do Rio.
 No Site Favela on line você pode mostrar ou vender seu serviço, escrever sobre o tipo  trabalho que desenvolve, comentar sobre o esporte que pratica, promover sua ONG e sua missão e tudo mais que deseja informar ...Tudo isso a custo zero!  O legal é que o blog Favela on line está aberto a todo tipo de público que se identifique com a proposta e se interessa em conhecer os bastidores das comunidades. Algumas delas já estão cadastradas no sistema, então o que você está esperando para cadastrar a sua?  
Divulgação e Promoção é no Site  Favela on line estamos esperando por você

Nome do Coordenador do Projeto: Luiz  Flavio de Oliveira

A Historia do Marcus Faustini







Faustini na Lapa: ele coordena 30 projetos culturais de moradores de seis comunidades pacificadas..


Marcus Vinicius Faustini cresceu entre a Baixada Fluminense e a comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, entre encontros punks e bailes funks, entre identificação com ambientes populares e uma sede incontornável por cultura. Com parentes espalhados pela Zona Norte, desde cedo sentia-se "encorajado a viver essa errância" de caminhar e conhecer a cidade — tida não como um espaço a ser encarado com cautela, um campo minado, mas como seu próprio território de ação. Diretor teatral formado pela Escola Martins Pena, a partir dos anos 1990 encenou textos de Machado de Assis, Clarice Lispector e Gianfrancesco Guarnieri, até entender que não se satisfazia mais em "representar a realidade". Queria transformá-la.

A guinada o lançou à realização de documentários e, aos poucos, ao desenvolvimento de uma metodologia que resultou na criação da Agência Redes para a Juventude. O projeto, implantado em 2010, redimensionou e aproximou políticas culturais, artísticas e sociais. Com patrocínio direto da Petrobras, a agência é responsável, desde 2011, pela coordenação de 30 projetos culturais, que, em vez de importar modelos "de fora", são idealizados e desenvolvidos pelos próprios moradores de seis comunidades pacificadas do Rio. No dia 30 de junho, a agência conquistou reconhecimento internacional. Recebeu o Prêmio Calouste Gulbenkian, em Londres, e uma verba de 175 mil libras, que servirá para implementar a mesma metodologia em Londres e em Manchester, em parceria com o Battersea Arts Centre, o Contact Theatre e o People’s Palace Projects.

Aos 40 anos, frequentemente citado como um dos principais pensadores da cidade hoje, Faustini acaba de fechar um novo contrato com a Petrobras, que permitirá a atuação da agência em mais seis comunidades cariocas, entre elas a Rocinha e o Complexo do Alemão. Além disso, ele volta à direção teatral no mês que vem com o projeto "Home theatre", que levará o teatro para dentro das casas de três mulheres de diferentes pontos da cidade, em três dias de encenações guiadas pela atriz Regiane Alves. Em setembro, ele realiza, a exposição "iPhone me", com projeções de conversas e imagens de celular, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze. Em novembro, o projeto "Home theatre" vira festival, com encenações em 50 casas pela cidade. Enquanto isso, Faustini prepara-se para dirigir Guti Fraga no monólogo "Tudo ou nada", que estreia em 2013, inspirado no livro homônimo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor da adaptação da obra.

Com que objetivo surgiu a Agência Redes para a Juventude? 

Quando surgiu a UPP, fiquei preocupado, porque a cidade é uma questão que me afeta como artista. Não adianta subir a polícia. E, além disso, o papel da arte não pode ser só levar oficinas ou espetáculos, porque isso reitera a ideia de que ali não é o lugar da criação, de que eles são carentes de cultura, quando, na verdade, eles têm potência. A agência surge da necessidade de inventar algo diferente. Começamos a extrair de dentro desses jovens seus potenciais criativos, mostrando que o território em que vivem é um lugar onde existem coisas, e não o lugar onde não há nada e de onde eles têm que ir embora para conseguir algo. Era preciso inverter essa lógica. 

E como isso foi posto em prática?

Pensei no conceito de monstro do Antonio Negri, que é algo potente que chega para subverter a ordem e que ninguém consegue capturar. Queria que o pessoal da arte achasse que isso era uma ação social, e que o pessoal da ação social achasse que era arte. E que ambos me deixassem livre para trabalhar. Então levei o projeto à Petrobras e mostrei a importância de fazer imediatamente novos ambientes de criação. 

Como funciona a agência e seus seis núcleos atuais?

A agência é um lugar de criadores. A ideia é fazer com que o moleque da periferia crie um projeto de vida. Que a partir de seus desejos ele estabeleça uma estratégia para interferir e mudar o território em que vive. Queria mudar o espaço-tempo do moleque da favela, porque ele está sempre submetido ao lugar do aluno, do receptor, do ser reconhecido como carente, como alguém que não tem acesso às melhores redes e é levado a dedicar 12 horas por dia exclusivamente ao trabalho. Por exemplo, nas escolas públicas, a primeira coisa que a professora diz é: "Não escreve fora da linha! Isso é um crime!" Desencoraja a lidar com o risco, enquadra o moleque e o leva a acreditar que esse negócio de arte é só para artista, e que ele não pode. Mas, se você não experimenta na juventude, está condenado a ser pobre pelo resto da vida, em todos os sentidos, porque é na juventude que se tem de experimentar e criar suas redes. 

Você diz que o objetivo não é o empreendedorismo, mas a autonomia, o fortalecimento da diferença e da singularidade...

O empreendedorismo é, aqui, apenas uma vertente. O foco não é a adequação a um mercado, mas a invenção de um projeto de vida e de um ambiente que faça com que esses jovens possam se jogar na vida. Isso aqui é um Le Parkour artístico, onde você vai encontrando as suas bases para dar novos saltos continuamente. Então, os núcleos da agência são como estúdios de criação. Neles, o garoto é estimulado a revelar seus desejos e a investigar seu território. A partir daí, ele apresenta uma ideia, passa por um ciclo de estímulos e depois leva o projeto a uma banca. Foi assim que os primeiros 30 projetos foram selecionados, receberam R$ 10 mil cada e já estão em ação. E há poucas semanas fechamos nosso segundo contrato com a Petrobras. Trabalho para demonstrar a capacidade desse método. 

Qual é a origem do pensamento que o levou a criar a Agência Redes para a Juventude?

Minha ação foi pautada por dois vetores. Deixei de fazer teatro porque não queria mais representar a vida, mas intervir na vida, gerando ambientes criativos capazes de interferir no território. Do outro lado, havia o desejo de criar representações que mostrassem o quanto a criação da periferia é contemporânea e não folclórica. Era preciso questionar uma representação viciada e preconceituosa, que liga a periferia ao banditismo e à miséria.

Mas o que o fez enxergar essa perspectiva?

Tudo começou quando eu estudava cinema e entendi a ideia de dispositivo. Passei a enxergar a arte como um dispositivo, como um disparador de ações, e não apenas como a apresentação de algo, um objeto-fim. Entendi que a arte era a criação de um ambiente estético que disparasse ações, que a arte era a ação em si, o movimento, e não um objeto-síntese, um produto artístico. A arte não precisa ter um fim. Ela deve gerar uma coisa, e depois, outra, e assim por diante. Isso pressupõe que o artista não está no centro, e que o centro está em toda parte, e também na periferia. E nem a obra é a grande coisa. Então, foram dois momentos decisivos. Primeiro, a descoberta da ideia de dispositivo. E, depois, da dimensão da memória, que me levou a escrever o meu livro, o "Guia afetivo da periferia", que narra as lembranças de um garoto da periferia.

De que forma seu livro está ligado à estruturação da metodologia da agência?

Não sabia escrever um romance, então tive de inventar um método e desde então sou um obcecado por métodos e sistemas. Construí mapas das minhas memórias, fiz um inventário dos meus objetos e, depois que terminei, viajei o país com oficinas para mostrar que o método poderia ser usado por outras pessoas. Estimulava as pessoas a criar mapas das suas memórias. E isso me fez ver que essas pessoas já tinham muita coisa dentro de si.

O que faltava para levá-las a ter essa consciência?

O ambiente popular é muito desencorajado a viver da criação. Era preciso criar ambientes capazes de fazer com que elas reconhecessem sua potência e que esses lugares impulsionassem a ação. Fazer entender que o moleque da periferia não é carente, mas potente. Entendi que era preciso abrir os meios de produção. O que esse moleque precisa é de redes, contatos, parcerias e repertório. O desejo de cultura do pobre sempre foi muito grande, mas, na História do país, o pobre ficou sempre longe dos meios de produção, longe daquilo que chamo de máquinas expressivas. Um edital é uma máquina expressiva, por exemplo. Algo que o leva a viabilizar uma ideia, um projeto. Entendi que as experimentações contemporâneas também estão sendo feitas no ambiente popular, mas isso precisa ter visibilidade e espaço. A arte contemporânea trabalha com a invenção de ambientes, e não só na representação. E a arte desses moleques não é mais uma reprodução de mensagem, como é classicamente destinado aos pobres do país.

E que exemplos podemos encontrar desse novo tipo de representação?

Você vê o exemplo do funk e do passinho do menor da favela que está no YouTube. A ação daqueles moleques ali é um pouco intervenção urbana, um pouco videoarte, um pouco dança contemporânea, uma coisa híbrida, mas eles não estão de cachecol, não estão vestidos como um produto cultural. Cada vez mais irão aparecer novidades culturais em sujeitos que não estão vestidos com a roupa da cultura, e nós vamos precisar ter rapidez para reconhecer aquilo, para não cair no movimento clássico de reconhecer três décadas depois que aquilo lá era cultura, que era bom e que agora é preciso homenagear. Esse é o vício do sistema cultural brasileiro, que se acostumou a analisar e a fazer teses posteriores. Esse modelo precisa ser rompido, temos que ser mais rápidos. As instituições precisam legitimar essas diferentes estratégias artísticas que existem no mundo de hoje. O pobre não pode ser commodity da indústria cultural. É preciso reconhecer no outro sua potência, sua singularidade. Temos que superar de uma vez por todas essa ideia de dizer: "Inventa aí a cultura que depois o artista vem aqui e determina o que é." A gente precisa que mais pessoas tenham direito às máquinas expressivas, e que suas expressões sejam reconhecidas. Ainda não usamos nem 30% da potência da cultura carioca. A gente abafa as próprias manifestações. É uma herança escravocrata, que olha para o mototáxi e diz que não pode, que é não é formal. E assim a gente impede as misturas de acontecer. Vejo a gambiarra como o start-up , é nela que está a potência. Porque ela indica o movimento de alguém que quer inventar algo que não encontrou nas redes oferecidas. O poder público não pode ir lá e dizer que não pode, ele tem que ir até lá e potencializar aquilo. E sempre coube aos artistas desse país essa identificação. É a ação política no território pela arte. Não estou sozinho nessa árvore. Trago comigo o Oiticica, o CPC da UNE, o Teatro do Oprimido, o Teatro de Anônimo, o Nós do Morro, o AfroReggae, a Cufa, o Observatório de Favelas, mas numa lógica um pouco diferente, que aposta mais na potencialização da subjetividade do que no estabelecimento de uma identidade.


Marcus Vinicius Faustini cresceu entre a Baixada Fluminense e a comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, entre encontros punks e bailes funks, entre identificação com ambientes populares e uma sede incontornável por cultura. Com parentes espalhados pela Zona Norte, desde cedo sentia-se "encorajado a viver essa errância" de caminhar e conhecer a cidade — tida não como um espaço a ser encarado com cautela, um campo minado, mas como seu próprio território de ação. Diretor teatral formado pela Escola Martins Pena, a partir dos anos 1990 encenou textos de Machado de Assis, Clarice Lispector e Gianfrancesco Guarnieri, até entender que não se satisfazia mais em "representar a realidade". Queria transformá-la.

A guinada o lançou à realização de documentários e, aos poucos, ao desenvolvimento de uma metodologia que resultou na criação da Agência Redes para a Juventude. O projeto, implantado em 2010, redimensionou e aproximou políticas culturais, artísticas e sociais. Com patrocínio direto da Petrobras, a agência é responsável, desde 2011, pela coordenação de 30 projetos culturais, que, em vez de importar modelos "de fora", são idealizados e desenvolvidos pelos próprios moradores de seis comunidades pacificadas do Rio. No dia 30 de junho, a agência conquistou reconhecimento internacional. Recebeu o Prêmio Calouste Gulbenkian, em Londres, e uma verba de 175 mil libras, que servirá para implementar a mesma metodologia em Londres e em Manchester, em parceria com o Battersea Arts Centre, o Contact Theatre e o People’s Palace Projects.

Aos 40 anos, frequentemente citado como um dos principais pensadores da cidade hoje, Faustini acaba de fechar um novo contrato com a Petrobras, que permitirá a atuação da agência em mais seis comunidades cariocas, entre elas a Rocinha e o Complexo do Alemão. Além disso, ele volta à direção teatral no mês que vem com o projeto "Home theatre", que levará o teatro para dentro das casas de três mulheres de diferentes pontos da cidade, em três dias de encenações guiadas pela atriz Regiane Alves. Em setembro, ele realiza, a exposição "iPhone me", com projeções de conversas e imagens de celular, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze. Em novembro, o projeto "Home theatre" vira festival, com encenações em 50 casas pela cidade. Enquanto isso, Faustini prepara-se para dirigir Guti Fraga no monólogo "Tudo ou nada", que estreia em 2013, inspirado no livro homônimo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor da adaptação da obra.

Com que objetivo surgiu a Agência Redes para a Juventude? 

Quando surgiu a UPP, fiquei preocupado, porque a cidade é uma questão que me afeta como artista. Não adianta subir a polícia. E, além disso, o papel da arte não pode ser só levar oficinas ou espetáculos, porque isso reitera a ideia de que ali não é o lugar da criação, de que eles são carentes de cultura, quando, na verdade, eles têm potência. A agência surge da necessidade de inventar algo diferente. Começamos a extrair de dentro desses jovens seus potenciais criativos, mostrando que o território em que vivem é um lugar onde existem coisas, e não o lugar onde não há nada e de onde eles têm que ir embora para conseguir algo. Era preciso inverter essa lógica. 

E como isso foi posto em prática?

Pensei no conceito de monstro do Antonio Negri, que é algo potente que chega para subverter a ordem e que ninguém consegue capturar. Queria que o pessoal da arte achasse que isso era uma ação social, e que o pessoal da ação social achasse que era arte. E que ambos me deixassem livre para trabalhar. Então levei o projeto à Petrobras e mostrei a importância de fazer imediatamente novos ambientes de criação. 

Como funciona a agência e seus seis núcleos atuais?

A agência é um lugar de criadores. A ideia é fazer com que o moleque da periferia crie um projeto de vida. Que a partir de seus desejos ele estabeleça uma estratégia para interferir e mudar o território em que vive. Queria mudar o espaço-tempo do moleque da favela, porque ele está sempre submetido ao lugar do aluno, do receptor, do ser reconhecido como carente, como alguém que não tem acesso às melhores redes e é levado a dedicar 12 horas por dia exclusivamente ao trabalho. Por exemplo, nas escolas públicas, a primeira coisa que a professora diz é: "Não escreve fora da linha! Isso é um crime!" Desencoraja a lidar com o risco, enquadra o moleque e o leva a acreditar que esse negócio de arte é só para artista, e que ele não pode. Mas, se você não experimenta na juventude, está condenado a ser pobre pelo resto da vida, em todos os sentidos, porque é na juventude que se tem de experimentar e criar suas redes. 

Você diz que o objetivo não é o empreendedorismo, mas a autonomia, o fortalecimento da diferença e da singularidade...

O empreendedorismo é, aqui, apenas uma vertente. O foco não é a adequação a um mercado, mas a invenção de um projeto de vida e de um ambiente que faça com que esses jovens possam se jogar na vida. Isso aqui é um Le Parkour artístico, onde você vai encontrando as suas bases para dar novos saltos continuamente. Então, os núcleos da agência são como estúdios de criação. Neles, o garoto é estimulado a revelar seus desejos e a investigar seu território. A partir daí, ele apresenta uma ideia, passa por um ciclo de estímulos e depois leva o projeto a uma banca. Foi assim que os primeiros 30 projetos foram selecionados, receberam R$ 10 mil cada e já estão em ação. E há poucas semanas fechamos nosso segundo contrato com a Petrobras. Trabalho para demonstrar a capacidade desse método. 

Qual é a origem do pensamento que o levou a criar a Agência Redes para a Juventude?

Minha ação foi pautada por dois vetores. Deixei de fazer teatro porque não queria mais representar a vida, mas intervir na vida, gerando ambientes criativos capazes de interferir no território. Do outro lado, havia o desejo de criar representações que mostrassem o quanto a criação da periferia é contemporânea e não folclórica. Era preciso questionar uma representação viciada e preconceituosa, que liga a periferia ao banditismo e à miséria.

Mas o que o fez enxergar essa perspectiva?

Tudo começou quando eu estudava cinema e entendi a ideia de dispositivo. Passei a enxergar a arte como um dispositivo, como um disparador de ações, e não apenas como a apresentação de algo, um objeto-fim. Entendi que a arte era a criação de um ambiente estético que disparasse ações, que a arte era a ação em si, o movimento, e não um objeto-síntese, um produto artístico. A arte não precisa ter um fim. Ela deve gerar uma coisa, e depois, outra, e assim por diante. Isso pressupõe que o artista não está no centro, e que o centro está em toda parte, e também na periferia. E nem a obra é a grande coisa. Então, foram dois momentos decisivos. Primeiro, a descoberta da ideia de dispositivo. E, depois, da dimensão da memória, que me levou a escrever o meu livro, o "Guia afetivo da periferia", que narra as lembranças de um garoto da periferia.

De que forma seu livro está ligado à estruturação da metodologia da agência?

Não sabia escrever um romance, então tive de inventar um método e desde então sou um obcecado por métodos e sistemas. Construí mapas das minhas memórias, fiz um inventário dos meus objetos e, depois que terminei, viajei o país com oficinas para mostrar que o método poderia ser usado por outras pessoas. Estimulava as pessoas a criar mapas das suas memórias. E isso me fez ver que essas pessoas já tinham muita coisa dentro de si.

O que faltava para levá-las a ter essa consciência?

O ambiente popular é muito desencorajado a viver da criação. Era preciso criar ambientes capazes de fazer com que elas reconhecessem sua potência e que esses lugares impulsionassem a ação. Fazer entender que o moleque da periferia não é carente, mas potente. Entendi que era preciso abrir os meios de produção. O que esse moleque precisa é de redes, contatos, parcerias e repertório. O desejo de cultura do pobre sempre foi muito grande, mas, na História do país, o pobre ficou sempre longe dos meios de produção, longe daquilo que chamo de máquinas expressivas. Um edital é uma máquina expressiva, por exemplo. Algo que o leva a viabilizar uma ideia, um projeto. Entendi que as experimentações contemporâneas também estão sendo feitas no ambiente popular, mas isso precisa ter visibilidade e espaço. A arte contemporânea trabalha com a invenção de ambientes, e não só na representação. E a arte desses moleques não é mais uma reprodução de mensagem, como é classicamente destinado aos pobres do país.

E que exemplos podemos encontrar desse novo tipo de representação?

Você vê o exemplo do funk e do passinho do menor da favela que está no YouTube. A ação daqueles moleques ali é um pouco intervenção urbana, um pouco videoarte, um pouco dança contemporânea, uma coisa híbrida, mas eles não estão de cachecol, não estão vestidos como um produto cultural. Cada vez mais irão aparecer novidades culturais em sujeitos que não estão vestidos com a roupa da cultura, e nós vamos precisar ter rapidez para reconhecer aquilo, para não cair no movimento clássico de reconhecer três décadas depois que aquilo lá era cultura, que era bom e que agora é preciso homenagear. Esse é o vício do sistema cultural brasileiro, que se acostumou a analisar e a fazer teses posteriores. Esse modelo precisa ser rompido, temos que ser mais rápidos. As instituições precisam legitimar essas diferentes estratégias artísticas que existem no mundo de hoje. O pobre não pode ser commodity da indústria cultural. É preciso reconhecer no outro sua potência, sua singularidade. Temos que superar de uma vez por todas essa ideia de dizer: "Inventa aí a cultura que depois o artista vem aqui e determina o que é." A gente precisa que mais pessoas tenham direito às máquinas expressivas, e que suas expressões sejam reconhecidas. Ainda não usamos nem 30% da potência da cultura carioca. A gente abafa as próprias manifestações. É uma herança escravocrata, que olha para o mototáxi e diz que não pode, que é não é formal. E assim a gente impede as misturas de acontecer. Vejo a gambiarra como o start-up , é nela que está a potência. Porque ela indica o movimento de alguém que quer inventar algo que não encontrou nas redes oferecidas. O poder público não pode ir lá e dizer que não pode, ele tem que ir até lá e potencializar aquilo. E sempre coube aos artistas desse país essa identificação. É a ação política no território pela arte. Não estou sozinho nessa árvore. Trago comigo o Oiticica, o CPC da UNE, o Teatro do Oprimido, o Teatro de Anônimo, o Nós do Morro, o AfroReggae, a Cufa, o Observatório de Favelas, mas numa lógica um pouco diferente, que aposta mais na potencialização da subjetividade do que no estabelecimento de uma identidade.

Allan Borges. Superintendente de Estado de Políticas Públicas para Juventude - RJ

Na Política se você não Escreve, não Lê, não Formula, não Discursa, não Argumenta, não Organiza ou se    Organiza em defesa de idéias e sonhos coletivos, estarás fadado a ser um eterno Bajulador.
 
Viva o Movimento Estudantil!
Câmara aprova projeto que dá
estabilidade a líderes estudantis

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei de autoria do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) que dá estabilidade acadêmica aos líderes estudantis e veta quaisquer formas de punições ou desligamento a estes, enquanto estiverem exercendo o mandato em suas respectivas agremiações.

O PL 1814, cuja relat
oria ficou a cargo da deputada federal Alice Portugal (PC do B), foi apresentado em julho do ano passado e teve como justificativa o fato de que os líderes dos movimentos estudantis suas atividades, legitimamente eleitos para ocuparem cargos nas direções de entidades representativas de seu segmento, passam a ter estabilidade de vínculo acadêmico com sua escola, faculdade ou universidades e não podem sofrer, em decorrência de sua atividade, quaisquer penalidades que acarretem no seu desligamento das referidas instituições.

- Com esse projeto o movimento estudantil fica mais fortalecido, pois tal medida de estabilidade já é assegurada a líderes sindicais e membros das CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) nas empresas”, disse o deputado.

Parabenizo os meus amigos e excelentes gestores Mauricio Botton Piccin e Tâmara Biolo Soares por promoverem o primeiro Seminário Internacional de Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra. As Políticas e ações públicas para a Juventude no RS, estão crescendo e ganhando forma para o desenvolvimento social com estratégias de geração de oportunidades com o conjunto das Juventudes.
Segue min

has considerações:

1) O Poder Público precisa reconhecer que existe racismo, preconceito e discriminação com a população Negra.
2) Reconhecer que o resultado do racismo é a reprodução do ciclo das desigualdades sociais e da pobreza.
3) A Juventude Negra é o alvo predileto dos homicídios e dos excessos dos policiais.
4) A taxa de analfabetismo da juventude negra é 3x maior em relação aos jovens brancos.

Portanto, precisamos que os projetos sociais de juventude considere a necessidade do recorte racial. É certo, que este pode ser um caminho para represarmos os índices de vulnerabilidade e possibilitar gradativamente a diminuição futura de políticas assistencialistas, de reparação, ou de restauração (o que hoje são fundamentais).


Outrossim, os governos - a partir do Gov. Federal e assim fez com o Plano Juventude VIVA - deve priorizar o PPA adequado para gerar uma rede focalizada e especializada de atendimento da Juventude Negra.
 
Parabéns Jacqueline Behrends pela dedicação a frente da Coordenadoria de Juventude - Manguaratiba. Conte conosco sempre. 


Naturalmente, o lugar de onde vejo e exerço funções de gestor e militante das Políticas Públicas Para a Juventude:

1 - O CRJ é um dos instrumentos para represarmos os índices de vulnerabilidades e possibilitar gradativamente a diminuição das futuras políticas assistencialistas (que hoje ainda são fundamentais na conjuntura brasileira)
2 - Precisamos observar que os equipamentos públicos nesse contexto, deve prover pelo rompimento do ciclo das desigualdades sociais e da pobreza.
3 - Melhorar as pressões sociais internas e restaurar a esperança da juventude em relação ao seu futuro.
 
Pela primeira vez, como parte integrante do processo de pacificação da Comunidade, acontecerá o Manguinhos e Jacarezinho de Braços Abertos. No dia 16 de dezembro, duas mil e quinhentas pessoas estarão reunidas para a esperada disputa na primeira comunidade pacificada na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
Participe:
www.projetodebracosabertos.com.br/
  
 
Tive a oportunidade de responder as perguntas de jovens da Escola Popular de Comunicação Crítica sobre os CRJs e o Programa de Inclusão Social e Oportunidades para Jovens da Cidade e o Renda Melhor Jovem.

Segue um trecho da minha fala na A
udiência Pública sobre Políticas Públicas de Juventude.

"...Precisamos executar um Programa sem sobreposição de ações e que financie a demanda, cuidando para que haja retroalimentação sistêmica. Há de se observar que nessa nova fase 2.0 dos programas de juventude do Governo do Estado, o investimento deve prover pelo rompimento do Ciclo da Reprodução das Desigualdades e da Pobreza.

Cada jovem e cada ser humano tem o seu desejo, a sua perspectiva de onde quer chegar, e esse programa se propõe a fazer um acompanhamento de trajetória personalizada. O programa vai ajudar a mostrar aos jovens os caminhos a serem percorridos para que esses desejos se concretizem. Um jovem de classe média pode entrar em uma universidade e depois perceber que não era bem aquilo o que ele queria. Por que um jovem de uma comunidade carente também não pode ter essa oportunidade?...”
Alunos da Espocc questionando Allan Borges, superintendente de Juventude sobre p q o investimento do BID vai só pra UPPs. Estamos de olho!
 
É com muito orgulho que informamos que uma de nossas alunas do CRJ ganhou o prêmio Top Cufa Brasil. Beatriz Fortunato, de 19 anos, moradora do Jacarezinho, agora volta à sua comunidade com o título de Top Model. Parabéns, Beatriz!
Confira
m mais informações sobre a vitória da Top Model em nosso Blog e no site do Caldeirão:

Link Blog CRJ:
http://bit.ly/Qx4RqW
Link Matéria do Caldeirão: http://glo.bo/PMbqVh
 
Narrativas das juventudes, e suas inventividades!!!!
- - - >>Os Centros de Referência da Juventude, são dispositivos públicos centrados nos Jovens com abertura para o seu entorno territorial, e também para o seio familiar comunitário.
- - - >>Com estratégias socio-educativas para a formação de valores, e de atitudes para a prevenção ou mudança de condutas de risco social, os CRJs facilitam os acessos aos serviços públicos.
- - - >>O CRJ é um espaço de Crítica Social e de Fabricação de Idéias, ou seja, o case é um conjunto de narrativas marginais, boas e exitosas, um material vivo. Não pausterizado pelas exigências da vitrine.
Participem e se escrevam nos CRJs!!
 
A sociedade demanda uma gestão pública que financie a vida e seus processos. Portanto, significa que não existe espaço para o achismo que tudo sabe, que é arrogante, e teimoso. O achismo não da ouvidos a ninguém, ele é cego.
Argumento: O papel do poder público é tratar de sua MIOPIA, e de sua HIPERMETROPIA, pois assim enxergará seus reais desafios, fundamentados em pesquisas/diagnósticos para uma ação concreta para sujeitos concretos.
 
Estudantes de escolas estaduais do município participaram hoje, 7 de novembro, da entrega do projeto da Coordenadoria Municipal de Juventude, elaborada pela União Mageense dos Estudantes Secundaristas (UMES) em parceria com a União Brasilei
ra dos Estudantes Secundaristas (UBES) e com a Superintendência Estadual de Juventude, no auditório da Unigranrio em Magé.

Leia mais: http://www.mage.rj.gov.br/component/content/article/38-noticias/1062-estudantes-entregam-projeto-para-a-criacao-de-uma-coordenadoria-municipal-de-juventude
— com Pepyto Chokitos e outras 15 pessoas em Universidade UNIGRANRIO.
 
Recebemos hoje a tarde a visita de nosso Governador Sérgio Cabral, do vice e Sec. de Obras Pezão, presidente da EMOP Icaro Moreno, e de André Santos SubPrefeito da Zona Norte, nosso Superintende de Juventude Allan Borges e nosso sempre presente e atencioso Coordenador dos CRJ's Ademir Cansian,
Obrigado a todos pela visita, foi ótimo!
 
Acompanhando a visita do Governador Sergio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes na comunidade do Jacarezinho. Vamos visitar o Centro de Referência da Juventude - CRJ 
 
No Centro de Referência da Juventude - CRJ / Nova Iguaçu as Jovens mulheres discutem o padrão da estética e a mística da mulher brasileira. #parabéns
 
 Eleições 2012, Rodrigo Neves e Fernando Haddad:

Esses foram os prefeitos petistas eleitos com importantíssimas tarefas, uma vez que, encerraram através do voto popular um ciclo vicioso de abandono e descaso.

Argumentos:

1) Restaurar a esperança da população em relação ao futuro e ao desenvolvimento de suas respectivas cidades.

2) Diminuir o abismo econômico e social que separa os ricos dos
pobres, portanto integrar a cidade é mais do que necessário, pois Niterói e São Paulo são e estão partidas socialmente e economicamente.

3) Priorizar verdadeiramente a potência denominada JUVENTUDE, pois com seu potencial produtivo e inventivo serão importantes para o desenvolvimento econômico e estratégico das duas cidades.

4) O futuro das cidades estão em disputas, argumento que o futuro passa pelas favelas e periferias que converteram as forças hostis máximas (pobreza, violência, estado de exceção) em processo de criação e invenção cultural e mobilização.

4.1) As favelas/periferias estão em disputas, pelo Trafico e pelo comércio das drogas;

4.2) Pelas milícias - grupos paramilitares que vendem segurança e pequenos serviços;

4.3) A especulação imobiliária de olho na remoção das favelas e dos pobres dos pontos turísticos;

Sendo assim, os desafios de estabelecerem metas de curto e longo prazo, envolve a urgência de uma população que voltou a sonhar com Prefeitos mais humanos, portanto preocupados com a vida das pessoas.

PARABÉNS RODRIGO NEVES E FERNANDO HADDAD!!!
 
 
 
  
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Jovem da comunidade do Pavão Pavãozinho e Cantagalo ta Desaparecido





o jovem da  desaparecido da  comunidade do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo
Galera da Agencia de Redes Para Juventude, ajudem por favor! Nosso jovem, do grupo Cantagalo, projeto DJ Digital, está desaparecido. Compartilhem, por favor.
Pessoal, esse é o Anderson (15 anos), conhecido como "Andinho". Ele mora no Cantagalo e está desaparecido desde ontem. A mãe dele disse que ele tem muitos amigos na Rocinha e Vidigal, por isso estou compartilhando isso com vcs e peço a colaboração de todos.
Qualquer informação será bem vinda.

Pessoal, esse jovem é bolsista da Agência de Redes Para Juventude Cantagalo e sua mãe não tem informações dele desde ontem. A última informação é de que ele teria ido ao Chapadão, na Pavuna. Qualquer informação é de extrema importância! Compartilhem, por favor!

Quando acontece com alguém de perto é sempre diferente.
Esse jovem é bolsista da Agência de Redes Para Juventude no Cantagalo e sua mãe não tem informações dele desde ontem. A última informação é de que ele teria ido ao Chapadão, na Pavuna. Qualquer informação é de extrema importância! Compartilhem, por favor!

Anderson, filho de Cintia Marzano, é jovem da Agencia de Redes Para Juventude na base do Cantagalo e está desaparecido desde ontem. Por favor, ajudem compartilhando!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

Raul Velloso pede urgência em investimentos de infraestrutura
O especialistas em contas públicas, professor e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento Raul Velloso participou do Fórum Nacional apresentando estudo sobre as deficiências e soluções para infraestrutura brasileira. Esse conteúdo se transformou em livro, lançado no evento: Infraestrutura – Os Caminhos Para Sair do Buraco. Estudo Mostra Como o Investimento em Infraestrutura pode Acelerar o Crescimento Econômico Via Produtividade e Qualidade. Também contribuíram para a publicação os economistas César Matos, Marcos Mendes e Paulo Singer de Freitas.
Para Raul Velloso, os esforços empreendidos pelo governo federal na área de infraestrutura e logística são reconhecidos, apesar de haver necessidade de se avançar com mais celeridade no processo de investimentos e execução dos projetos. “O fato é que, nos últimos anos, o volume de investimento desabou e tem que acontecer uma recuperação. Isso vale tanto para o investimento privado quanto paar o público. Temos que recuperar rápido”, afirmou.
Em sua avaliação, o Brasil passa pelo problema de retração da poupança externa em função da crise internacional, e que por isso a tendência é haver uma 'trava' na processo de produtividade no país. Dessa forma, ele disse que o investimento em infraestrutura pode preencher essa lacuna, pois traz um ganho indireto na taxa de produtividade. “Isso significa que temos que aumentar a produtividade, mas como o setor público tem limitação financeira, precisamos que o setor privado participe. Para que se tenha um ganho de produtividade, precisa haver velocidade na resposta do processo de investimento”.
Citando o exemplo da precariedade do sistema rodoviário brasileiro, Raul Velloso disse ainda que a grande dificuldade é fazer com que a sociedade entenda que é necessário pagar para ter um modal mais eficiente. “Como sair da obra pública para 'pedagiada'? Para que a gente não atravanque esse projeto, tem que entender que isso tem um custo de produção. Contudo, o ônus para o usuário tem que ser menor do que o bônus que ele vai ter com a melhoria da rodovia. E o que vai resolver isso é o leilão de concessão, que precisa ter uma visão dinâmica, focando o ganho de produtividade, pois isso é fundamental

Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

"É irracional que o Brasil onere a área de infraestrutura", diz o senador Armando Monteiro
O senador e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro (PTB-PE), comentou sobre as necessidades de melhoria da logística brasileira. “Como sempre militei na indústria, tenho a exata noção de como os custos logísticos têm comprometido a produtividade no país. O Brasil investe 2% do PIB em infraestrutura, bem diferente da China e Índia,que investem 5% e 4%, respectivamente”.
O parlamentar considerou que para mudar esse quadro, é preciso que o setor privado tenha mais participação. Mas, para isso, o Brasil precisa melhorar os marcos regulatórios e definir um papel mais atuante e autônomo das agências reguladoras. “O Brasil está atrasado nesse processo . É preciso que se garanta ao investidor mais segurança, pois são investimentos de longa duração", disse.
Ele fez também referências ao sistema tributário brasileiro. “Temos que repensar a tributação dos investimentos na área de infraestrutura. Queremos trabalhar para que haja um processo de desoneração nessa área. É irracional que o Brasil onere a área de infraestrutura”, avaliou.

Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

Brasil tem todas as condições de investir em infraestrutura, diz secretário do Tesouro Nacional
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho, defendeu durante o Fórum Nacional que as condições macroeconômicos do Brasil permitem que o País aporte investimentos em infraestrutura. Nos dados apresentados, ele mostrou que a relação dívida líquida/ PIB vem caindo nos últimos anos, sendo que, em 2012, a previsão é de fique em 32,17% , abaixo do registrado em 2011, quando foi de 38%. Ele citou, também, a redução do déficit nominal e da taxa Selic, assim como da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5,5%, abaixo da média dos últimos anos, que foi de 6% .
“Além disso, muitos setores empresariais estão tendo redução de carga tributária. Antes, com os juros altos, grande parte da poupança do País dirigia-se para os Títulos do Tesouro. Hoje, eles não são tão rentáveis e a poupança pode migrar para outros setores, como o de infraestrutura. Portanto, ao criar esse pacote de infraestrutura, estamos olhando para transição financeira e tirando o peso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em investimentos para o setor produtivo”, concluiu.

Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

               Fórum Nacional discute avanços nas ações em comunidades do Rio

                                                           Marilia Pastuk

                                                                    
A Sessão de Encerramento do Fórum Nacional teve como tema “Nem um dia se passa sem notícias suas: Cúpula das Favelas para a sua inclusão social e econômica”. A superintendente da ONG Ação Comunitária do Brasil, Marília Pastuk, expôs um quadro no qual levanta os resultados alcançados pela Cúpula das Favelas, que englobou as comunidades da Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Boréu e Manguinhos. Para ela, o Fórum Nacional optou por continuar o trabalho iniciado nessas comunidades em dezembro de 2011, que resultou na publicação do livro "Favela como Oportunidade", lançado na edição de maio do Fórum Nacional. “O livro visa contribuir para romper com o paradigma de políticas públicas sociais fragmentadas, superpostas e desarticuladas, consolidar, ampliar e dar visibilidade ao que já vem sendo feito nesses territórios por diferentes atores sociais, inclusive pelo poder público e, principalmente, por moradores e lideranças comunitárias”, disse a palestrante, acrescentando que o programa busca ainda qualificar propostas de inclusão apresentadas na publicação dotando-as de maior legitimidade.
Ela citou ainda que em conjunto com Fórum Nacional foram promovidas reuniões em cada uma das comunidades com lideranças comunitárias, moradores e representantes de instituições que atuam localmente. “Tais reuniões contaram com a participação de parceiros institucionais que conformam o chamado "colegiado" e se traduziram em momentos ímpares de alinhamento de expectativas e reconhecimento mútuo”.
De acordo com ela, desses encontros surgiram alguns resultados preliminares e propostas como: unificação dos bancos de dados acerca de tais comunidades em um sistema de informação único, criação de um Centro Integrado de Referência nas comunidades, que servirá como catalisador das atividades realizadas, disseminando informação e a maximizando esforços de monitoramento e avaliação”.

Fórum Nacional


                                                                Dívida social

                                                    Monsenhor Luiz Antonio Lopes Pereira

Representando a arquidiocese do Rio de Janeiro, o monsenhor Luiz Antonio Lopes Pereira disse que há uma enorme capilaridade da Igreja Católica em praticamente todas as comunidades da cidade do Rio. “Muitos moradores de comunidades utilizam o espaço da Igreja para inúmeras ações. Afinal, a Igreja não é só espaço para cultos, por isso abrimos as portas para que sejam realizados trabalhos sociais”. De acordo com Lopes Pereira, o Rio de Janeiro tem uma dívida social com as comunidades. Ele citou,ainda, parcerias no campo da educação realizadas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e do Colégio Santo Inácio em comunidades que ficam próximas às essas instituições. “ São cursos de pré-vestibular comunitário e alfabetização de adultos que têm tido bons resultados”, afirmou.
Carlos Cezar de Almeida, representante do BNDES, relatou as ações do banco em prol do desenvolvimento social no Brasil. “O BNDES entende que não se pode haver desenvolvimento sem justiça social. Ele explicou que o banco desenvolve o programa Investimento Sociais de Empresas, cujo objetivo é elevar o grau de responsabilidade social empresarial e fortalecer políticas públicas, concedendo financiamentos a empresas com juros baixos e longo prazo para investimentos no âmbito da comunidade.
Outro programa que mereceu destaque foi o Procapcred - Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito complementa a ação do microcrédito, que objetiva fortalecer a estrutura patrimonial das cooperativas de crédito, por meio da concessão de financiamentos diretamente aos cooperados. “O financiamento se dá por intermédio de repasses pelos bancos. Os clientes são os cooperados (pessoas físicas ou jurídicas) dedicadas a atividades produtivas nos setores de indústria, comércio ou serviços”.

Fórum Nacional

                                                Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

             Hilda Alves
Representante da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a Hilda Alves, gerente de Pesquisas e Estatísticas , apresentou o diagnóstico socioeconômico das comunidades com Unidade de Polícia Pacificadora elaborado pela instituição. Para ela, o estudo subsidia o desenvolvimento do projeto Sesi Cidadania quanto às dimensões de educação, saúde, cultura, esporte e lazer e pequenos negócios; contribuir para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento do Estado do Rio. A pesquisa foi feita nas comunidades Babilônia, Batam Cantagalo, Chapéu Mangueira, Cidade de Deus, Pavão-Pavãozinho, Providência, Santa Marta Tabajaras, Andaraí, Borel, Formiga, Macacos, Salgueiro, São João/Matriz–Quieto, Turano. Pela conclusão da pesquisa, ficou constatado que as médias das comunidades da zona Norte e da zona Sul estão acima da registrada no Brasil Metropolitano e somente as comunidades Pavão-Pavãozinho e Chapéu Mangueira apresentam taxa de desemprego menor que à registrada no Brasil Metropolitano.
Ela anunciou que as próximas a serem diagnosticadas pela Firjan serão o complexo do Alemão, complexo da Penha, Coroa/Fallet/Fogueteiro, Mangueira, Prazeres/Escondidinho, Rocinha, São Carlos e Vidigal.

sábado, 25 de agosto de 2012

1°Troca de Sabres na favela do Cantagalo

                       A primeira Troca de Saberes com  a  letras da favelas Carioca

     Locar:   FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA- FAETEC 
        
                                               (Maquete da Rocinha: obra do Tio Lino.)
                                     



     




quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Favela do Cantagalo-Pavão-Pavãozinho











Paissagem do Bairro De Ipanema e Copacabana








Cade a Comlurb presente na favelas cariocas

A Comlurb nas Comunidades do Pavão Pavãozinho e Cantagalo


Materiais necessários
Sacos de lixo, cestos de lixo com destinações específicas, cartolinas, tintas e canetinhas para a confecção de cartazes e resíduos sólidos (lixo) domésticos.

Introdução

A maneira como nos relacionamos com o ambiente e com as pessoas que nos cercam, constitui o nosso modus vivendi. Portanto, a nossa vida nunca é isolada ou separada da sociedade na qual estamos inseridos.
Um grande conflito pelo qual a humanidade passa é repensar a relação que mantemos com o meio ambiente. Assim sendo, quanto mais cedo as crianças perceberem que fazem parte da natureza, tanto melhor para sua convivência futura.
Frequentemente as crianças, particularmente as que vivem nos grandes centros urbanos, associam a palavra natureza apenas ao campo, a um sítio, uma fazenda, à praia ou à floresta. Poucas são aquelas que percebem o bairro da escola ou de sua residência como natureza. Mas, é preciso que desde a Educação Infantil, os pequenos compreendam que, ainda que transformadas pela ação humana, as cidades onde moramos fazem parte da natureza, do ambiente.
Estimule as crianças da sua turma a perceberem como vivem e se relacionam com a natureza e a sociedade. Compreender quanto lixo produzimos pode ser uma importante ferramenta de percepção para os pequenos.

Desenvolvimento
1ª etapa
Comece sensibilizando sua turma sobre o assunto "lixo". Uma sugestão é convidar as crianças para duas atividades de observação do pátio: os pequenos podem fazer uma visita antes do recreio e outra logo depois desse período, antes do momento da limpeza. Você pode fotografar os mesmos lugares nos dois momentos, organizar uma roda de conversa e mostrar as imagens às crianças. É importante que eles relatem o que viram e que tenham percebido diferenças entre o "antes" e o "depois".
Outra possibilidade é fazer com que a turma visite uma das salas de atividades no final do dia e outros espaços da escola (biblioteca, secretária, refeitório) para que possam comparar a quantidade de lixo produzida em cada um desses ambientes. Isso cria nas crianças a noção de que, independentemente da área de atuação das pessoas, todos produzimos lixo.

2ª etapa
Nesta etapa é importante que as crianças possam refletir um pouco mais sobre a produção de lixo. Você pode solicitar que os pequenos tragam de casa a produção de um dia de lixo. Mas é preciso tomar cuidado nessa solicitação, pois as crianças podem querer trazer qualquer tipo de lixo. Oriente sua turma e os pais das crianças para que separem somente resíduos inorgânicos, como as embalagens, sem arestas cortantes e que não apresentem perigo às crianças.
Quando esses resíduos forem trazidos, permita que as crianças os manipulem livremente. Veja se elas brincam com o lixo e observe como elas fazem isso. Aos poucos, conduza a brincadeira para que a turma classifique os tipos de embalagens e lance perguntas para que eles percebam que a quantidade de lixo trazida por cada uma das crianças muda, de acordo com os hábitos familiares. É possível, ainda, que as crianças já queiram separar as embalagens de acordo com critérios que elas mesmas vão estabelecer (cores, formas etc.).
Ao final, proponha uma nova roda de conversa para que os pequenos exponham seus critérios, contem sobre a origem do lixo produzido e avaliem a atividade.

3ª etapa
Relembre com as crianças as atividades dos dias anteriores. Aproveite esta oportunidade para explicar sobre a produção do lixo nas cidades e sobre a necessidade de se reduzir esta produção.
Convide as crianças a comentar o assunto e a rever a maneira como lidaram com o lixo no dia anterior: existe algum tipo de lixo que possa ser reutilizado? Eles seriam capazes de selecionar estes materiais?
Um bom exemplo é o das folhas para desenhos. As crianças adoram desenhar e, na maioria dos casos, desenham apenas em uma das faces do papel. Orientá-las a utilizar a outra face pode ser uma boa sugestão.
Outra sugestão é trabalhar com as crianças receitas culinárias feitas a partir de cascas de frutas - que, normalmente, são desprezadas no lixo.
Você também pode orientar as crianças para que levem as embalagens dos produtos que consomem em casa nas grandes redes de supermercados, pois muitas já possuem postos de coleta seletiva.
Para aproveitar a curiosidade das crianças, organize algumas entrevistas com funcionários da pré-escola sobre o lixo produzido. As crianças podem elaborar questões relacionadas ao tipo de lixo, quantidade e destinação. Certamente as merendeiras terão respostas diferentes daqueles funcionários que trabalham na secretaria ou na biblioteca.
Tendo treinado essas entrevistas na classe e na escola, peça para que as crianças entrevistem os seus próprios familiares, a fim de comparar os lixos produzidos em diferentes casas, ainda que em um mesmo contexto urbano.
É muito importante também que as crianças interajam, desde cedo, com outras fontes de pesquisa, como livros e filmes. Você também pode levar os pequenos para a sala de informática e orientá-los na navegação por sites como o Meu Planetinha, que traz vídeos, testes, textos e sugestões de livros que você pode compartilhar com a turma.
Abaixo, alguns links que podem ser úteis para esta etapa:
TEXTO: Que sujeira!TEXTO: Para onde vão as garrafas plásticas?TESTE: A encrenca do lixoLIVRO: Reciclagem - A aventura de uma garrafaLIVRO: Seis razões para diminuir o lixo do mundo
Canal LIXO, do Planeta Sustentável 
Infográfico: os símbolos da reciclagem 
Infográfico: onde descartar o lixo?
Infográfico: lixão verde 

Se quiser aprofundar com as crianças o assunto "para onde vai o lixo do qual não cuidamos direito", veja os textos sobre a viagem que a jornalista Liana John fez junto com pesquisadores pelo oceano Atlântico em busca de lixo.
Apresentação da viagem 
Mapa da viagem
Álbum fotográfico da viagem
Matéria publicada na revista National Geographic 

4ª etapa
Depois de ouvir o que os pequenos descobriram nas entrevistas e nas interações com os livros ou na sala de informática, chega o momento de saber das crianças quais são as ideias que elas propõem para melhorar a destinação do lixo na escola e em casa. Uma das possiblidades é a confecção de cestos coloridos com a identificação do tipo de lixo que pode ser jogado neles, o que vai suscitar outra discussão, sobre a destinação dos resíduos que produzimos.
Conte aos pequenos que alguns materiais podem ser reaproveitados de uma maneira diferente. Por isso, eles precisam ser separados daqueles que não servem mais. Para facilitar a compreensão das crianças, ajude-as a criar um sistema de classificação de lixo que lhes seja mais fácil de entender. Normalmente, elas optam pelo que pode ser reciclado e aquilo que não pode. Outra classificação possível, fácil de ser feita, é com relação ao tipo material do lixo. Os tipos mais usados para as embalagens são papel, plástico, vidro, metal e material orgânico. O mais importante é que haja a percepção do que pode ser reciclado ou reutilizado e que esse material seja separado para isso.

Avaliação
Para analisar se os pequenos compreenderam quanto lixo produzimos e se aprenderam a importância da reciclagem, proponha uma avaliação usando um esquema de labirinto. Desenhe um labirinto para ligar o lixo ao seu cesto correto de destinação e peça para as crianças pintarem esse caminho com cores diferentes.
Você também pode elaborar uma caça ao tesouro com a turma. O tesouro pode ser o cesto onde o lixo deverá ser jogado. Como cada pista leva a uma pista posterior, elabore frases ou perguntas que levem os pequenos a concluir, por eles mesmos, para onde cada pista os está conduzindo. Sendo assim, a última pista é uma embalagem escondida que precisa ser jogada no cesto correto. Como são cinco cestos diferentes, a turma poderá ser dividida em cinco grupos.
Outra atividade possível para avaliar os avanços das crianças é elaborar um "Basquete da Reciclagem". Faça cinco cestos de lixo - um para cada tipo de material - e providencie cinco bolas de cores diferentes com os nomes desses materiais. As crianças deverão acertar os cestos com as devidas bolas.
É importante perceber que essa avaliação tem por finalidade fazer com que as crianças incorporem, ainda na Educação Infantil, a questão da classificação do lixo e a sua forma certa de destinação.



















segunda-feira, 12 de março de 2012

Boxe CRJ



A Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro em parceria com o Centro de Referência da Juventude realizou no último sábado, dia 13 de março, o Campeonato Estadual de Boxe. O ringue para a competição foi montado na unidade do Cantagalo e teve a participação de vários alunos deste CRJ.

O CRJ está se tornando uma referência também quando se fala de esportes. Um bom exemplo pode ser visto na unidade de Vila Paciência, que já mostra ser um bom celeiro para os novos atletas que despontam por lá. Na unidade, mais de vinte jovens locais tornaram-se campeões em diferentes categorias através de campeonatos estaduais e interestaduais de extrema relevância para área esportiva, como no Jiu Jtsu e no Tae Kwondo.
A própria unidade do Cantagalo já foi palco de boas atividades atléticas, quando no Viradão Esportivo, em novembro de 2009, as modalidades como vôlei de praia, futebol feminino de praia e surf deram um show de profissionalismo na orla carioca.