quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A MAIOR ARVORE DE NATAL DO MUNDO


                                     Arvore de Natal da lagoa Rodrigo de freitas  2013












quarta-feira, 10 de abril de 2013

Uma Jovem da Comunidade do Pavão Pavãozinho

Uma Jovem da Comunidade do Pavão-Pavãozinho  não anda por ela esta com uma doença grave  
ela está com Encefalopatia Crônica á 8 meses 
ela tem 12 ano. 
A Mãe da jovem não ta trabalhando  o Pai da jovem  Ana Carolina Oliveira Alcântara   foi mandado embora do emprego . Ela precisa ser internada com urgência no Hospital Municipal Jesus -Vila Isabel
ou Hospital Sarah Na Barra da Tijuca Nome do Pai :Antonio sousa alcântara.

Ana Carolina Oliveira Alcântara  teve uma Reação conta a vacina da 

 gripe  foi   febre e dor de cabeça , Muito Enjoo , ele ficou e  internada tenor ,
 ela desmaio parada cardiorrespiratória em pediatria , crise convulsiva


Nome da Mãe: Josilane Oliveira Frederico
Telefone para Contato(21)9427-9885 Ou (21)2267-3470




quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Projeto Favela Online




O Projeto Favela on line é a rede social de negócio e entretenimento que veio para divulgar tudo que vem acontecendo  nas comunidades do Rio de Janeiro. O Projeto deu seu  ponta pé inicial no Complexo Pavão, Pavãozinho e Cantagalo  (conhecidas como PPG) localizadas nos bairros nobres de Copacabana e Ipanema, Zona Sul do Rio.
 No Site Favela on line você pode mostrar ou vender seu serviço, escrever sobre o tipo  trabalho que desenvolve, comentar sobre o esporte que pratica, promover sua ONG e sua missão e tudo mais que deseja informar ...Tudo isso a custo zero!  O legal é que o blog Favela on line está aberto a todo tipo de público que se identifique com a proposta e se interessa em conhecer os bastidores das comunidades. Algumas delas já estão cadastradas no sistema, então o que você está esperando para cadastrar a sua?  
Divulgação e Promoção é no Site  Favela on line estamos esperando por você

Nome do Coordenador do Projeto: Luiz  Flavio de Oliveira

A Historia do Marcus Faustini







Faustini na Lapa: ele coordena 30 projetos culturais de moradores de seis comunidades pacificadas..


Marcus Vinicius Faustini cresceu entre a Baixada Fluminense e a comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, entre encontros punks e bailes funks, entre identificação com ambientes populares e uma sede incontornável por cultura. Com parentes espalhados pela Zona Norte, desde cedo sentia-se "encorajado a viver essa errância" de caminhar e conhecer a cidade — tida não como um espaço a ser encarado com cautela, um campo minado, mas como seu próprio território de ação. Diretor teatral formado pela Escola Martins Pena, a partir dos anos 1990 encenou textos de Machado de Assis, Clarice Lispector e Gianfrancesco Guarnieri, até entender que não se satisfazia mais em "representar a realidade". Queria transformá-la.

A guinada o lançou à realização de documentários e, aos poucos, ao desenvolvimento de uma metodologia que resultou na criação da Agência Redes para a Juventude. O projeto, implantado em 2010, redimensionou e aproximou políticas culturais, artísticas e sociais. Com patrocínio direto da Petrobras, a agência é responsável, desde 2011, pela coordenação de 30 projetos culturais, que, em vez de importar modelos "de fora", são idealizados e desenvolvidos pelos próprios moradores de seis comunidades pacificadas do Rio. No dia 30 de junho, a agência conquistou reconhecimento internacional. Recebeu o Prêmio Calouste Gulbenkian, em Londres, e uma verba de 175 mil libras, que servirá para implementar a mesma metodologia em Londres e em Manchester, em parceria com o Battersea Arts Centre, o Contact Theatre e o People’s Palace Projects.

Aos 40 anos, frequentemente citado como um dos principais pensadores da cidade hoje, Faustini acaba de fechar um novo contrato com a Petrobras, que permitirá a atuação da agência em mais seis comunidades cariocas, entre elas a Rocinha e o Complexo do Alemão. Além disso, ele volta à direção teatral no mês que vem com o projeto "Home theatre", que levará o teatro para dentro das casas de três mulheres de diferentes pontos da cidade, em três dias de encenações guiadas pela atriz Regiane Alves. Em setembro, ele realiza, a exposição "iPhone me", com projeções de conversas e imagens de celular, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze. Em novembro, o projeto "Home theatre" vira festival, com encenações em 50 casas pela cidade. Enquanto isso, Faustini prepara-se para dirigir Guti Fraga no monólogo "Tudo ou nada", que estreia em 2013, inspirado no livro homônimo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor da adaptação da obra.

Com que objetivo surgiu a Agência Redes para a Juventude? 

Quando surgiu a UPP, fiquei preocupado, porque a cidade é uma questão que me afeta como artista. Não adianta subir a polícia. E, além disso, o papel da arte não pode ser só levar oficinas ou espetáculos, porque isso reitera a ideia de que ali não é o lugar da criação, de que eles são carentes de cultura, quando, na verdade, eles têm potência. A agência surge da necessidade de inventar algo diferente. Começamos a extrair de dentro desses jovens seus potenciais criativos, mostrando que o território em que vivem é um lugar onde existem coisas, e não o lugar onde não há nada e de onde eles têm que ir embora para conseguir algo. Era preciso inverter essa lógica. 

E como isso foi posto em prática?

Pensei no conceito de monstro do Antonio Negri, que é algo potente que chega para subverter a ordem e que ninguém consegue capturar. Queria que o pessoal da arte achasse que isso era uma ação social, e que o pessoal da ação social achasse que era arte. E que ambos me deixassem livre para trabalhar. Então levei o projeto à Petrobras e mostrei a importância de fazer imediatamente novos ambientes de criação. 

Como funciona a agência e seus seis núcleos atuais?

A agência é um lugar de criadores. A ideia é fazer com que o moleque da periferia crie um projeto de vida. Que a partir de seus desejos ele estabeleça uma estratégia para interferir e mudar o território em que vive. Queria mudar o espaço-tempo do moleque da favela, porque ele está sempre submetido ao lugar do aluno, do receptor, do ser reconhecido como carente, como alguém que não tem acesso às melhores redes e é levado a dedicar 12 horas por dia exclusivamente ao trabalho. Por exemplo, nas escolas públicas, a primeira coisa que a professora diz é: "Não escreve fora da linha! Isso é um crime!" Desencoraja a lidar com o risco, enquadra o moleque e o leva a acreditar que esse negócio de arte é só para artista, e que ele não pode. Mas, se você não experimenta na juventude, está condenado a ser pobre pelo resto da vida, em todos os sentidos, porque é na juventude que se tem de experimentar e criar suas redes. 

Você diz que o objetivo não é o empreendedorismo, mas a autonomia, o fortalecimento da diferença e da singularidade...

O empreendedorismo é, aqui, apenas uma vertente. O foco não é a adequação a um mercado, mas a invenção de um projeto de vida e de um ambiente que faça com que esses jovens possam se jogar na vida. Isso aqui é um Le Parkour artístico, onde você vai encontrando as suas bases para dar novos saltos continuamente. Então, os núcleos da agência são como estúdios de criação. Neles, o garoto é estimulado a revelar seus desejos e a investigar seu território. A partir daí, ele apresenta uma ideia, passa por um ciclo de estímulos e depois leva o projeto a uma banca. Foi assim que os primeiros 30 projetos foram selecionados, receberam R$ 10 mil cada e já estão em ação. E há poucas semanas fechamos nosso segundo contrato com a Petrobras. Trabalho para demonstrar a capacidade desse método. 

Qual é a origem do pensamento que o levou a criar a Agência Redes para a Juventude?

Minha ação foi pautada por dois vetores. Deixei de fazer teatro porque não queria mais representar a vida, mas intervir na vida, gerando ambientes criativos capazes de interferir no território. Do outro lado, havia o desejo de criar representações que mostrassem o quanto a criação da periferia é contemporânea e não folclórica. Era preciso questionar uma representação viciada e preconceituosa, que liga a periferia ao banditismo e à miséria.

Mas o que o fez enxergar essa perspectiva?

Tudo começou quando eu estudava cinema e entendi a ideia de dispositivo. Passei a enxergar a arte como um dispositivo, como um disparador de ações, e não apenas como a apresentação de algo, um objeto-fim. Entendi que a arte era a criação de um ambiente estético que disparasse ações, que a arte era a ação em si, o movimento, e não um objeto-síntese, um produto artístico. A arte não precisa ter um fim. Ela deve gerar uma coisa, e depois, outra, e assim por diante. Isso pressupõe que o artista não está no centro, e que o centro está em toda parte, e também na periferia. E nem a obra é a grande coisa. Então, foram dois momentos decisivos. Primeiro, a descoberta da ideia de dispositivo. E, depois, da dimensão da memória, que me levou a escrever o meu livro, o "Guia afetivo da periferia", que narra as lembranças de um garoto da periferia.

De que forma seu livro está ligado à estruturação da metodologia da agência?

Não sabia escrever um romance, então tive de inventar um método e desde então sou um obcecado por métodos e sistemas. Construí mapas das minhas memórias, fiz um inventário dos meus objetos e, depois que terminei, viajei o país com oficinas para mostrar que o método poderia ser usado por outras pessoas. Estimulava as pessoas a criar mapas das suas memórias. E isso me fez ver que essas pessoas já tinham muita coisa dentro de si.

O que faltava para levá-las a ter essa consciência?

O ambiente popular é muito desencorajado a viver da criação. Era preciso criar ambientes capazes de fazer com que elas reconhecessem sua potência e que esses lugares impulsionassem a ação. Fazer entender que o moleque da periferia não é carente, mas potente. Entendi que era preciso abrir os meios de produção. O que esse moleque precisa é de redes, contatos, parcerias e repertório. O desejo de cultura do pobre sempre foi muito grande, mas, na História do país, o pobre ficou sempre longe dos meios de produção, longe daquilo que chamo de máquinas expressivas. Um edital é uma máquina expressiva, por exemplo. Algo que o leva a viabilizar uma ideia, um projeto. Entendi que as experimentações contemporâneas também estão sendo feitas no ambiente popular, mas isso precisa ter visibilidade e espaço. A arte contemporânea trabalha com a invenção de ambientes, e não só na representação. E a arte desses moleques não é mais uma reprodução de mensagem, como é classicamente destinado aos pobres do país.

E que exemplos podemos encontrar desse novo tipo de representação?

Você vê o exemplo do funk e do passinho do menor da favela que está no YouTube. A ação daqueles moleques ali é um pouco intervenção urbana, um pouco videoarte, um pouco dança contemporânea, uma coisa híbrida, mas eles não estão de cachecol, não estão vestidos como um produto cultural. Cada vez mais irão aparecer novidades culturais em sujeitos que não estão vestidos com a roupa da cultura, e nós vamos precisar ter rapidez para reconhecer aquilo, para não cair no movimento clássico de reconhecer três décadas depois que aquilo lá era cultura, que era bom e que agora é preciso homenagear. Esse é o vício do sistema cultural brasileiro, que se acostumou a analisar e a fazer teses posteriores. Esse modelo precisa ser rompido, temos que ser mais rápidos. As instituições precisam legitimar essas diferentes estratégias artísticas que existem no mundo de hoje. O pobre não pode ser commodity da indústria cultural. É preciso reconhecer no outro sua potência, sua singularidade. Temos que superar de uma vez por todas essa ideia de dizer: "Inventa aí a cultura que depois o artista vem aqui e determina o que é." A gente precisa que mais pessoas tenham direito às máquinas expressivas, e que suas expressões sejam reconhecidas. Ainda não usamos nem 30% da potência da cultura carioca. A gente abafa as próprias manifestações. É uma herança escravocrata, que olha para o mototáxi e diz que não pode, que é não é formal. E assim a gente impede as misturas de acontecer. Vejo a gambiarra como o start-up , é nela que está a potência. Porque ela indica o movimento de alguém que quer inventar algo que não encontrou nas redes oferecidas. O poder público não pode ir lá e dizer que não pode, ele tem que ir até lá e potencializar aquilo. E sempre coube aos artistas desse país essa identificação. É a ação política no território pela arte. Não estou sozinho nessa árvore. Trago comigo o Oiticica, o CPC da UNE, o Teatro do Oprimido, o Teatro de Anônimo, o Nós do Morro, o AfroReggae, a Cufa, o Observatório de Favelas, mas numa lógica um pouco diferente, que aposta mais na potencialização da subjetividade do que no estabelecimento de uma identidade.


Marcus Vinicius Faustini cresceu entre a Baixada Fluminense e a comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, entre encontros punks e bailes funks, entre identificação com ambientes populares e uma sede incontornável por cultura. Com parentes espalhados pela Zona Norte, desde cedo sentia-se "encorajado a viver essa errância" de caminhar e conhecer a cidade — tida não como um espaço a ser encarado com cautela, um campo minado, mas como seu próprio território de ação. Diretor teatral formado pela Escola Martins Pena, a partir dos anos 1990 encenou textos de Machado de Assis, Clarice Lispector e Gianfrancesco Guarnieri, até entender que não se satisfazia mais em "representar a realidade". Queria transformá-la.

A guinada o lançou à realização de documentários e, aos poucos, ao desenvolvimento de uma metodologia que resultou na criação da Agência Redes para a Juventude. O projeto, implantado em 2010, redimensionou e aproximou políticas culturais, artísticas e sociais. Com patrocínio direto da Petrobras, a agência é responsável, desde 2011, pela coordenação de 30 projetos culturais, que, em vez de importar modelos "de fora", são idealizados e desenvolvidos pelos próprios moradores de seis comunidades pacificadas do Rio. No dia 30 de junho, a agência conquistou reconhecimento internacional. Recebeu o Prêmio Calouste Gulbenkian, em Londres, e uma verba de 175 mil libras, que servirá para implementar a mesma metodologia em Londres e em Manchester, em parceria com o Battersea Arts Centre, o Contact Theatre e o People’s Palace Projects.

Aos 40 anos, frequentemente citado como um dos principais pensadores da cidade hoje, Faustini acaba de fechar um novo contrato com a Petrobras, que permitirá a atuação da agência em mais seis comunidades cariocas, entre elas a Rocinha e o Complexo do Alemão. Além disso, ele volta à direção teatral no mês que vem com o projeto "Home theatre", que levará o teatro para dentro das casas de três mulheres de diferentes pontos da cidade, em três dias de encenações guiadas pela atriz Regiane Alves. Em setembro, ele realiza, a exposição "iPhone me", com projeções de conversas e imagens de celular, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça Onze. Em novembro, o projeto "Home theatre" vira festival, com encenações em 50 casas pela cidade. Enquanto isso, Faustini prepara-se para dirigir Guti Fraga no monólogo "Tudo ou nada", que estreia em 2013, inspirado no livro homônimo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor da adaptação da obra.

Com que objetivo surgiu a Agência Redes para a Juventude? 

Quando surgiu a UPP, fiquei preocupado, porque a cidade é uma questão que me afeta como artista. Não adianta subir a polícia. E, além disso, o papel da arte não pode ser só levar oficinas ou espetáculos, porque isso reitera a ideia de que ali não é o lugar da criação, de que eles são carentes de cultura, quando, na verdade, eles têm potência. A agência surge da necessidade de inventar algo diferente. Começamos a extrair de dentro desses jovens seus potenciais criativos, mostrando que o território em que vivem é um lugar onde existem coisas, e não o lugar onde não há nada e de onde eles têm que ir embora para conseguir algo. Era preciso inverter essa lógica. 

E como isso foi posto em prática?

Pensei no conceito de monstro do Antonio Negri, que é algo potente que chega para subverter a ordem e que ninguém consegue capturar. Queria que o pessoal da arte achasse que isso era uma ação social, e que o pessoal da ação social achasse que era arte. E que ambos me deixassem livre para trabalhar. Então levei o projeto à Petrobras e mostrei a importância de fazer imediatamente novos ambientes de criação. 

Como funciona a agência e seus seis núcleos atuais?

A agência é um lugar de criadores. A ideia é fazer com que o moleque da periferia crie um projeto de vida. Que a partir de seus desejos ele estabeleça uma estratégia para interferir e mudar o território em que vive. Queria mudar o espaço-tempo do moleque da favela, porque ele está sempre submetido ao lugar do aluno, do receptor, do ser reconhecido como carente, como alguém que não tem acesso às melhores redes e é levado a dedicar 12 horas por dia exclusivamente ao trabalho. Por exemplo, nas escolas públicas, a primeira coisa que a professora diz é: "Não escreve fora da linha! Isso é um crime!" Desencoraja a lidar com o risco, enquadra o moleque e o leva a acreditar que esse negócio de arte é só para artista, e que ele não pode. Mas, se você não experimenta na juventude, está condenado a ser pobre pelo resto da vida, em todos os sentidos, porque é na juventude que se tem de experimentar e criar suas redes. 

Você diz que o objetivo não é o empreendedorismo, mas a autonomia, o fortalecimento da diferença e da singularidade...

O empreendedorismo é, aqui, apenas uma vertente. O foco não é a adequação a um mercado, mas a invenção de um projeto de vida e de um ambiente que faça com que esses jovens possam se jogar na vida. Isso aqui é um Le Parkour artístico, onde você vai encontrando as suas bases para dar novos saltos continuamente. Então, os núcleos da agência são como estúdios de criação. Neles, o garoto é estimulado a revelar seus desejos e a investigar seu território. A partir daí, ele apresenta uma ideia, passa por um ciclo de estímulos e depois leva o projeto a uma banca. Foi assim que os primeiros 30 projetos foram selecionados, receberam R$ 10 mil cada e já estão em ação. E há poucas semanas fechamos nosso segundo contrato com a Petrobras. Trabalho para demonstrar a capacidade desse método. 

Qual é a origem do pensamento que o levou a criar a Agência Redes para a Juventude?

Minha ação foi pautada por dois vetores. Deixei de fazer teatro porque não queria mais representar a vida, mas intervir na vida, gerando ambientes criativos capazes de interferir no território. Do outro lado, havia o desejo de criar representações que mostrassem o quanto a criação da periferia é contemporânea e não folclórica. Era preciso questionar uma representação viciada e preconceituosa, que liga a periferia ao banditismo e à miséria.

Mas o que o fez enxergar essa perspectiva?

Tudo começou quando eu estudava cinema e entendi a ideia de dispositivo. Passei a enxergar a arte como um dispositivo, como um disparador de ações, e não apenas como a apresentação de algo, um objeto-fim. Entendi que a arte era a criação de um ambiente estético que disparasse ações, que a arte era a ação em si, o movimento, e não um objeto-síntese, um produto artístico. A arte não precisa ter um fim. Ela deve gerar uma coisa, e depois, outra, e assim por diante. Isso pressupõe que o artista não está no centro, e que o centro está em toda parte, e também na periferia. E nem a obra é a grande coisa. Então, foram dois momentos decisivos. Primeiro, a descoberta da ideia de dispositivo. E, depois, da dimensão da memória, que me levou a escrever o meu livro, o "Guia afetivo da periferia", que narra as lembranças de um garoto da periferia.

De que forma seu livro está ligado à estruturação da metodologia da agência?

Não sabia escrever um romance, então tive de inventar um método e desde então sou um obcecado por métodos e sistemas. Construí mapas das minhas memórias, fiz um inventário dos meus objetos e, depois que terminei, viajei o país com oficinas para mostrar que o método poderia ser usado por outras pessoas. Estimulava as pessoas a criar mapas das suas memórias. E isso me fez ver que essas pessoas já tinham muita coisa dentro de si.

O que faltava para levá-las a ter essa consciência?

O ambiente popular é muito desencorajado a viver da criação. Era preciso criar ambientes capazes de fazer com que elas reconhecessem sua potência e que esses lugares impulsionassem a ação. Fazer entender que o moleque da periferia não é carente, mas potente. Entendi que era preciso abrir os meios de produção. O que esse moleque precisa é de redes, contatos, parcerias e repertório. O desejo de cultura do pobre sempre foi muito grande, mas, na História do país, o pobre ficou sempre longe dos meios de produção, longe daquilo que chamo de máquinas expressivas. Um edital é uma máquina expressiva, por exemplo. Algo que o leva a viabilizar uma ideia, um projeto. Entendi que as experimentações contemporâneas também estão sendo feitas no ambiente popular, mas isso precisa ter visibilidade e espaço. A arte contemporânea trabalha com a invenção de ambientes, e não só na representação. E a arte desses moleques não é mais uma reprodução de mensagem, como é classicamente destinado aos pobres do país.

E que exemplos podemos encontrar desse novo tipo de representação?

Você vê o exemplo do funk e do passinho do menor da favela que está no YouTube. A ação daqueles moleques ali é um pouco intervenção urbana, um pouco videoarte, um pouco dança contemporânea, uma coisa híbrida, mas eles não estão de cachecol, não estão vestidos como um produto cultural. Cada vez mais irão aparecer novidades culturais em sujeitos que não estão vestidos com a roupa da cultura, e nós vamos precisar ter rapidez para reconhecer aquilo, para não cair no movimento clássico de reconhecer três décadas depois que aquilo lá era cultura, que era bom e que agora é preciso homenagear. Esse é o vício do sistema cultural brasileiro, que se acostumou a analisar e a fazer teses posteriores. Esse modelo precisa ser rompido, temos que ser mais rápidos. As instituições precisam legitimar essas diferentes estratégias artísticas que existem no mundo de hoje. O pobre não pode ser commodity da indústria cultural. É preciso reconhecer no outro sua potência, sua singularidade. Temos que superar de uma vez por todas essa ideia de dizer: "Inventa aí a cultura que depois o artista vem aqui e determina o que é." A gente precisa que mais pessoas tenham direito às máquinas expressivas, e que suas expressões sejam reconhecidas. Ainda não usamos nem 30% da potência da cultura carioca. A gente abafa as próprias manifestações. É uma herança escravocrata, que olha para o mototáxi e diz que não pode, que é não é formal. E assim a gente impede as misturas de acontecer. Vejo a gambiarra como o start-up , é nela que está a potência. Porque ela indica o movimento de alguém que quer inventar algo que não encontrou nas redes oferecidas. O poder público não pode ir lá e dizer que não pode, ele tem que ir até lá e potencializar aquilo. E sempre coube aos artistas desse país essa identificação. É a ação política no território pela arte. Não estou sozinho nessa árvore. Trago comigo o Oiticica, o CPC da UNE, o Teatro do Oprimido, o Teatro de Anônimo, o Nós do Morro, o AfroReggae, a Cufa, o Observatório de Favelas, mas numa lógica um pouco diferente, que aposta mais na potencialização da subjetividade do que no estabelecimento de uma identidade.

Allan Borges. Superintendente de Estado de Políticas Públicas para Juventude - RJ

Na Política se você não Escreve, não Lê, não Formula, não Discursa, não Argumenta, não Organiza ou se    Organiza em defesa de idéias e sonhos coletivos, estarás fadado a ser um eterno Bajulador.
 
Viva o Movimento Estudantil!
Câmara aprova projeto que dá
estabilidade a líderes estudantis

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei de autoria do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) que dá estabilidade acadêmica aos líderes estudantis e veta quaisquer formas de punições ou desligamento a estes, enquanto estiverem exercendo o mandato em suas respectivas agremiações.

O PL 1814, cuja relat
oria ficou a cargo da deputada federal Alice Portugal (PC do B), foi apresentado em julho do ano passado e teve como justificativa o fato de que os líderes dos movimentos estudantis suas atividades, legitimamente eleitos para ocuparem cargos nas direções de entidades representativas de seu segmento, passam a ter estabilidade de vínculo acadêmico com sua escola, faculdade ou universidades e não podem sofrer, em decorrência de sua atividade, quaisquer penalidades que acarretem no seu desligamento das referidas instituições.

- Com esse projeto o movimento estudantil fica mais fortalecido, pois tal medida de estabilidade já é assegurada a líderes sindicais e membros das CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) nas empresas”, disse o deputado.

Parabenizo os meus amigos e excelentes gestores Mauricio Botton Piccin e Tâmara Biolo Soares por promoverem o primeiro Seminário Internacional de Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra. As Políticas e ações públicas para a Juventude no RS, estão crescendo e ganhando forma para o desenvolvimento social com estratégias de geração de oportunidades com o conjunto das Juventudes.
Segue min

has considerações:

1) O Poder Público precisa reconhecer que existe racismo, preconceito e discriminação com a população Negra.
2) Reconhecer que o resultado do racismo é a reprodução do ciclo das desigualdades sociais e da pobreza.
3) A Juventude Negra é o alvo predileto dos homicídios e dos excessos dos policiais.
4) A taxa de analfabetismo da juventude negra é 3x maior em relação aos jovens brancos.

Portanto, precisamos que os projetos sociais de juventude considere a necessidade do recorte racial. É certo, que este pode ser um caminho para represarmos os índices de vulnerabilidade e possibilitar gradativamente a diminuição futura de políticas assistencialistas, de reparação, ou de restauração (o que hoje são fundamentais).


Outrossim, os governos - a partir do Gov. Federal e assim fez com o Plano Juventude VIVA - deve priorizar o PPA adequado para gerar uma rede focalizada e especializada de atendimento da Juventude Negra.
 
Parabéns Jacqueline Behrends pela dedicação a frente da Coordenadoria de Juventude - Manguaratiba. Conte conosco sempre. 


Naturalmente, o lugar de onde vejo e exerço funções de gestor e militante das Políticas Públicas Para a Juventude:

1 - O CRJ é um dos instrumentos para represarmos os índices de vulnerabilidades e possibilitar gradativamente a diminuição das futuras políticas assistencialistas (que hoje ainda são fundamentais na conjuntura brasileira)
2 - Precisamos observar que os equipamentos públicos nesse contexto, deve prover pelo rompimento do ciclo das desigualdades sociais e da pobreza.
3 - Melhorar as pressões sociais internas e restaurar a esperança da juventude em relação ao seu futuro.
 
Pela primeira vez, como parte integrante do processo de pacificação da Comunidade, acontecerá o Manguinhos e Jacarezinho de Braços Abertos. No dia 16 de dezembro, duas mil e quinhentas pessoas estarão reunidas para a esperada disputa na primeira comunidade pacificada na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
Participe:
www.projetodebracosabertos.com.br/
  
 
Tive a oportunidade de responder as perguntas de jovens da Escola Popular de Comunicação Crítica sobre os CRJs e o Programa de Inclusão Social e Oportunidades para Jovens da Cidade e o Renda Melhor Jovem.

Segue um trecho da minha fala na A
udiência Pública sobre Políticas Públicas de Juventude.

"...Precisamos executar um Programa sem sobreposição de ações e que financie a demanda, cuidando para que haja retroalimentação sistêmica. Há de se observar que nessa nova fase 2.0 dos programas de juventude do Governo do Estado, o investimento deve prover pelo rompimento do Ciclo da Reprodução das Desigualdades e da Pobreza.

Cada jovem e cada ser humano tem o seu desejo, a sua perspectiva de onde quer chegar, e esse programa se propõe a fazer um acompanhamento de trajetória personalizada. O programa vai ajudar a mostrar aos jovens os caminhos a serem percorridos para que esses desejos se concretizem. Um jovem de classe média pode entrar em uma universidade e depois perceber que não era bem aquilo o que ele queria. Por que um jovem de uma comunidade carente também não pode ter essa oportunidade?...”
Alunos da Espocc questionando Allan Borges, superintendente de Juventude sobre p q o investimento do BID vai só pra UPPs. Estamos de olho!
 
É com muito orgulho que informamos que uma de nossas alunas do CRJ ganhou o prêmio Top Cufa Brasil. Beatriz Fortunato, de 19 anos, moradora do Jacarezinho, agora volta à sua comunidade com o título de Top Model. Parabéns, Beatriz!
Confira
m mais informações sobre a vitória da Top Model em nosso Blog e no site do Caldeirão:

Link Blog CRJ:
http://bit.ly/Qx4RqW
Link Matéria do Caldeirão: http://glo.bo/PMbqVh
 
Narrativas das juventudes, e suas inventividades!!!!
- - - >>Os Centros de Referência da Juventude, são dispositivos públicos centrados nos Jovens com abertura para o seu entorno territorial, e também para o seio familiar comunitário.
- - - >>Com estratégias socio-educativas para a formação de valores, e de atitudes para a prevenção ou mudança de condutas de risco social, os CRJs facilitam os acessos aos serviços públicos.
- - - >>O CRJ é um espaço de Crítica Social e de Fabricação de Idéias, ou seja, o case é um conjunto de narrativas marginais, boas e exitosas, um material vivo. Não pausterizado pelas exigências da vitrine.
Participem e se escrevam nos CRJs!!
 
A sociedade demanda uma gestão pública que financie a vida e seus processos. Portanto, significa que não existe espaço para o achismo que tudo sabe, que é arrogante, e teimoso. O achismo não da ouvidos a ninguém, ele é cego.
Argumento: O papel do poder público é tratar de sua MIOPIA, e de sua HIPERMETROPIA, pois assim enxergará seus reais desafios, fundamentados em pesquisas/diagnósticos para uma ação concreta para sujeitos concretos.
 
Estudantes de escolas estaduais do município participaram hoje, 7 de novembro, da entrega do projeto da Coordenadoria Municipal de Juventude, elaborada pela União Mageense dos Estudantes Secundaristas (UMES) em parceria com a União Brasilei
ra dos Estudantes Secundaristas (UBES) e com a Superintendência Estadual de Juventude, no auditório da Unigranrio em Magé.

Leia mais: http://www.mage.rj.gov.br/component/content/article/38-noticias/1062-estudantes-entregam-projeto-para-a-criacao-de-uma-coordenadoria-municipal-de-juventude
— com Pepyto Chokitos e outras 15 pessoas em Universidade UNIGRANRIO.
 
Recebemos hoje a tarde a visita de nosso Governador Sérgio Cabral, do vice e Sec. de Obras Pezão, presidente da EMOP Icaro Moreno, e de André Santos SubPrefeito da Zona Norte, nosso Superintende de Juventude Allan Borges e nosso sempre presente e atencioso Coordenador dos CRJ's Ademir Cansian,
Obrigado a todos pela visita, foi ótimo!
 
Acompanhando a visita do Governador Sergio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes na comunidade do Jacarezinho. Vamos visitar o Centro de Referência da Juventude - CRJ 
 
No Centro de Referência da Juventude - CRJ / Nova Iguaçu as Jovens mulheres discutem o padrão da estética e a mística da mulher brasileira. #parabéns
 
 Eleições 2012, Rodrigo Neves e Fernando Haddad:

Esses foram os prefeitos petistas eleitos com importantíssimas tarefas, uma vez que, encerraram através do voto popular um ciclo vicioso de abandono e descaso.

Argumentos:

1) Restaurar a esperança da população em relação ao futuro e ao desenvolvimento de suas respectivas cidades.

2) Diminuir o abismo econômico e social que separa os ricos dos
pobres, portanto integrar a cidade é mais do que necessário, pois Niterói e São Paulo são e estão partidas socialmente e economicamente.

3) Priorizar verdadeiramente a potência denominada JUVENTUDE, pois com seu potencial produtivo e inventivo serão importantes para o desenvolvimento econômico e estratégico das duas cidades.

4) O futuro das cidades estão em disputas, argumento que o futuro passa pelas favelas e periferias que converteram as forças hostis máximas (pobreza, violência, estado de exceção) em processo de criação e invenção cultural e mobilização.

4.1) As favelas/periferias estão em disputas, pelo Trafico e pelo comércio das drogas;

4.2) Pelas milícias - grupos paramilitares que vendem segurança e pequenos serviços;

4.3) A especulação imobiliária de olho na remoção das favelas e dos pobres dos pontos turísticos;

Sendo assim, os desafios de estabelecerem metas de curto e longo prazo, envolve a urgência de uma população que voltou a sonhar com Prefeitos mais humanos, portanto preocupados com a vida das pessoas.

PARABÉNS RODRIGO NEVES E FERNANDO HADDAD!!!
 
 
 
  
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Jovem da comunidade do Pavão Pavãozinho e Cantagalo ta Desaparecido





o jovem da  desaparecido da  comunidade do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo
Galera da Agencia de Redes Para Juventude, ajudem por favor! Nosso jovem, do grupo Cantagalo, projeto DJ Digital, está desaparecido. Compartilhem, por favor.
Pessoal, esse é o Anderson (15 anos), conhecido como "Andinho". Ele mora no Cantagalo e está desaparecido desde ontem. A mãe dele disse que ele tem muitos amigos na Rocinha e Vidigal, por isso estou compartilhando isso com vcs e peço a colaboração de todos.
Qualquer informação será bem vinda.

Pessoal, esse jovem é bolsista da Agência de Redes Para Juventude Cantagalo e sua mãe não tem informações dele desde ontem. A última informação é de que ele teria ido ao Chapadão, na Pavuna. Qualquer informação é de extrema importância! Compartilhem, por favor!

Quando acontece com alguém de perto é sempre diferente.
Esse jovem é bolsista da Agência de Redes Para Juventude no Cantagalo e sua mãe não tem informações dele desde ontem. A última informação é de que ele teria ido ao Chapadão, na Pavuna. Qualquer informação é de extrema importância! Compartilhem, por favor!

Anderson, filho de Cintia Marzano, é jovem da Agencia de Redes Para Juventude na base do Cantagalo e está desaparecido desde ontem. Por favor, ajudem compartilhando!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fórum Nacional (Sessão Especial) setembro 2012

Raul Velloso pede urgência em investimentos de infraestrutura
O especialistas em contas públicas, professor e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento Raul Velloso participou do Fórum Nacional apresentando estudo sobre as deficiências e soluções para infraestrutura brasileira. Esse conteúdo se transformou em livro, lançado no evento: Infraestrutura – Os Caminhos Para Sair do Buraco. Estudo Mostra Como o Investimento em Infraestrutura pode Acelerar o Crescimento Econômico Via Produtividade e Qualidade. Também contribuíram para a publicação os economistas César Matos, Marcos Mendes e Paulo Singer de Freitas.
Para Raul Velloso, os esforços empreendidos pelo governo federal na área de infraestrutura e logística são reconhecidos, apesar de haver necessidade de se avançar com mais celeridade no processo de investimentos e execução dos projetos. “O fato é que, nos últimos anos, o volume de investimento desabou e tem que acontecer uma recuperação. Isso vale tanto para o investimento privado quanto paar o público. Temos que recuperar rápido”, afirmou.
Em sua avaliação, o Brasil passa pelo problema de retração da poupança externa em função da crise internacional, e que por isso a tendência é haver uma 'trava' na processo de produtividade no país. Dessa forma, ele disse que o investimento em infraestrutura pode preencher essa lacuna, pois traz um ganho indireto na taxa de produtividade. “Isso significa que temos que aumentar a produtividade, mas como o setor público tem limitação financeira, precisamos que o setor privado participe. Para que se tenha um ganho de produtividade, precisa haver velocidade na resposta do processo de investimento”.
Citando o exemplo da precariedade do sistema rodoviário brasileiro, Raul Velloso disse ainda que a grande dificuldade é fazer com que a sociedade entenda que é necessário pagar para ter um modal mais eficiente. “Como sair da obra pública para 'pedagiada'? Para que a gente não atravanque esse projeto, tem que entender que isso tem um custo de produção. Contudo, o ônus para o usuário tem que ser menor do que o bônus que ele vai ter com a melhoria da rodovia. E o que vai resolver isso é o leilão de concessão, que precisa ter uma visão dinâmica, focando o ganho de produtividade, pois isso é fundamental